Apresentação

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Encontros e desencontros: será que sou eu?

No livro: A Humana Docência, de Miguel Arroyo, acontece uma grande reflexão em torno do ofício de educador. Me senti incluída no trecho em que ele fala por muito tempo (e que disfarçadamente até hoje) encontra-se a educação como sinônimo de adestramento, como moralização para ter-se um povo ordeiro e trabalhadores submissos. Desencontros que têm marcado a visão da educação e da escola e a auto-imagem de seus profissionais, quando se diferencia educação de ensino, dizendo que tudo vem de uma cultura social, política elitista que quer mostrar serviço. Às vezes me sinto sufocada com tantos parâmetros e percebo que, o que  realmente se aprende na faculdade ainda  não condiz com a realidade da sala de aula. Por que, em se tratando de teoria, aprendemos muita coisa bonita e motivadora, e quando entramos em cena, amarram nossos braços para fazer de um jeito só, e vendam nossos olhos críticos, com a justificativa de “adequar-se à proposta metodológica”. Mas e a LDB? Não é uma só? Como os pais dos meus alunos me vêem? Como uma educadora ou como professorinha? Por que é que do outro lado do balcão não vejo tanta importância assim pelo nosso trabalho? É... Como Arroyo diz: “Nesses desencontros, nos desencontramos. Em nosso papel social e cultural se encontram imagens não coincidentes, que foram perfilando um rosto desfigurado. Esse rosto desfigurado, indefinido de mestres e de nosso fazer social condiciona políticas de formação, currículos de formação e as instituições formadoras. Tem condicionado as teorias pedagógicas e nosso pensamento pedagógico, tão distante da teoria educativa e tão próximo do didatismo, das metodologias de ensino e dos saberes escolares a serem ensinados.”

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